Olho pra trás com saudade.
O que é estranho; eu nunca fui tão nostálgica assim. Sempre gostei do momento, um presente do universo por todas as nossas escolhas — boas ou más, ainda assim, movimentos.
Decisões tomadas são como grandes alívios, uma paz dentro do peito, ombros leves e novas possibilidades. Novos medos. E medos antigos também, aqueles que nunca sequer superamos, ressurgem; porque assim como havíamos previsto, eles jamais foram embora.
Já não me reconheço como eu me lembro. Sinto que me perdi. Não sei onde foi parar a maioria dos meus sonhos, me apego a memórias, sem coragem de fazer novos planos. Há uma parte de mim que não consegue entender. Há uma parte de mim que quer escapar, e ser. Faz pouco sentido, e já faz tempo. Acho que me anulei. Tentei tanto ser alguém para os outros, que me esqueci de quem eu queria ser por mim.
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